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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012


LULA NÃO JOGA PALAVRAS AO VENTO.
Virou guerra. A revelação de trechos do depoimento de Marcos Valério ao Ministério Público federal, na tentativa de se livrar de uma longa estada na cadeia, em que ele afirma que o mensalão custeou despesas pessoais de Lula, que teria abençoado o mensalão, provocou tiroteio intenso entre situação e oposição. No Congresso, petistas tentam dar o troco ou pelo menos abafar o clamor dos oposicionistas por uma investigação ampla sobre Lula. Sobrou para o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. Ele está ameaçado de ser convocado pela Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso, para falar sobre chamada “Lista de Furnas”. Esse propalado documento, que não tem autenticidade comprovada, lista doações ilegais a 156 políticos em 2002, quando FHC era presidente. Em síntese, a situação quer mostrar que a oposição também tem o seu mensalão. O convite para o depoimento de FHC foi encaminhado pelo líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto. Senadores petistas – Jorge Viana, Eduardo Suplicy (SP), Lindbergh Farias (RJ), Wellington Dias (PI) e Walter Pinheiro (BA). O interessante é o senador Viana, terminou saindo em defesa de FHC. Disse o seguinte: “Eu defendo que não se faça isso com o Lula, então não posso ter dois pesos e duas medidas. É certo que há uma campanha para destruir a imagem do Lula, mas isso não nos dá razão de fazer o olho por olho". O senador disse ainda de trata-se de um “grande brasileiro”, referindo-se ao ex-presidente. Nisso, o PT tem razão. Esse é o País dos mensalões. Mas, essa guerra provocou uma repercussão politicamente muito forte. Aparentemente acuado, Lula insinuou, em Paris, que pode ser candidato a presidente da República em 2014. Disse que houve resistência de empresários quando ganhou a Presidência pela primeira vez, arrematando que: "Espero que, se um dia eu voltar a ser candidato, eu tenha o voto deles, que eu acho que não tive nas outras eleições". Um político com a batuta de Lula não joga palavras ao vento. Foi uma forma de ele avisar à oposição para não bulir com ele, pois Lula-lá pode voltar. Interessante é que, as acusações a Lula, ofuscaram outras questões que envolviam o PT. Não se fala mais contra a prisão do ex-ministro José Dirceu e de outros petistas. A defesa do chefe tem prioridade.

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