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quarta-feira, 23 de maio de 2012

DEMAGOGIA OU ATITUDE ELOGIÁVEL?


É uma ótica aparentemente estranha: políticos cancelando os próprios salários – mas nem tanto... O deputado estadual Fabiano Tolentino foi o segundo parlamentar que abriu mão do 13º e 14º salários, nesta semana, em Minas. O outro foi o vereador tucano de Belo Horizonte, Pablito. Tanto o deputado, quanto o vereador afirmam que a classe trabalhadora não tem auxílio-paletó, portanto, não é justo que parlamentar permaneça com ele. É elogiável a atitude. Mas também fica no ar um aroma de demagogia. Projeto que tramita na Câmara dos deputados, já aprovado pelo Senado, extingue o privilégio. Mesmo sem data para ser votado, o 13º e 14º salários estão com os dias contados – unicamente por causa da pressão popular. Até mesmo o secretário-geral da Assembleia Legislativa, deputado Dilzon Melo, recomendou aos outros 76 deputados para refazerem as contas, para baixo, sem o privilégio. Interessante é que a economia não ficará só com os salários dos parlamentares. Por causa de efeito cascata, o alto escalão da Assembleia, Câmara, Judiciário e Tribunal de Contas também recebem o benefício. Só na Prefeitura e Câmara Municipal, a economia vai ser de R$12,6milhões. Quem vai ganhar, portanto, é o contribuinte. Oxalá!

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