JUSTIÇA A UMA MULHER DESTEMIDA.
Vou fazer uma homenagem, mais que justa, a uma
mulher corajosa, destemida, a ex-corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon.
Mesmo em um País governado por uma mulher – Dilma Rousseff -, ela também símbolo de coragem desde a época em que enfrentou a tortura da
ditadura militar –, Eliana Calmon reforçou a necessidade de abrir cada vez espaço para a
mulher em postos de comando. O poder baseado quase só no patriarcado não tem
sido propriamente um sucesso Gerou o mundo que vivemos, onde predominam distorções
sociais e econômicas. Naturalmente, isso não é um machismo às avessas. Não
estou defendendo entrega do poder a mulher como bálsamo para todos os males.
Mas a coragem da ex-corregedora ao enfrentar com destemor um dos fechados
corporativismo da sociedade – o da magistratura – foi um dos atos
mais dignos das últimas décadas no Brasil. Ao afirmar que
existem bandidos de toga na magistratura, ela abriu o caminho para um País que hoje julga o mensalão, criando jurisprudência para, a
partir de agora, haver menos impunidade à corrupção. O
substituto dela, Francisco Falcão, disse que vai combater meia dúzia de
vagabundos que precisam ser retirados do Judiciário.Contudo, ele é apontado como um dos campeões do nepotismo no Judiciário.
Nos anos 1990, ele empregava
em seu gabinete a filha, a mulher e a irmã. Ele disse que era “prática comum na
época.”
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