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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

CHEIRO DE PIZZA NO AR NO JULGAMENTO DO MENSALÃO?
Já tem cheiro de pizza no ar no julgamento do mensalão? O ministro-revisor, Ricardo Lewandowski, depois de adotar, na quarta-feira, uma linha firme, votando pela condenação de quatro réus do mensalão -  Henrique Pizzolato Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach –, decidiu agora pela inocência do deputado João Paulo Cunha na acusação de corrupção passiva e peculato. O petista é dos ícones do processo, pois presidia a Câmara dos Deputados na época que o escândalo estourou, em 2005. O ministro avaliou que o Procurador-Geral da República, Ricardo Gurgel, usou "tese abstrata" na acusação ao deputado. Disse que não há provas de que João Paulo tenha usado o cargo que ocupava para beneficiar o esquema de Marcos Valério. Candidato a prefeito de Osasco (SP), o voto do revisor dá novo fôlego ao deputado do PT. A sua foto não foi veiculada no material de propaganda da campanha em Osasco. E já estava praticamente decidida a sua renúncia em favor do candidato a vice. De acordo com o Ministério Público, João Paulo Cunha recebeu R$ 50 mil de Marcos Valério. Teria, ainda, desviado um total de R$ 1,077 milhão da Câmara na execução de contratos com a mesma empresa. Faltam ainda nove ministros para votar. Mas a absolvição de João Paulo pelo ministro-revisor animou círculos do poder petista. Nasceu a esperança até de que o nome mais emblemático do mensalão – ex-ministro José Dirceu – possa ser inocentado. Aí o serviço de pizza ficará completo

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