A PEDRA DE
JEFFERSON É A MESMA DE DIRCEU.
Esta será
uma semana emblemática do mensalão. Não é só pela condenação, hoje, do delator do
escândalo – ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) – por lavagem de dinheiro,
depois de já ter sido condenado por corrupção passiva. É também porque o
ex-ministro José Dirceu (PT) entrará na pauta do julgamento. Há uma análise que
achei muito procedente. Ela diz que Jefferson e Dirceu, embora inimigos viscerais, vivendo
em campos políticos opostos, são gêmeos siameses nesse processo. A mesma pedra
que puxar um deles para o fundo do rio, puxará o outro. Os dois podem levar
punições semelhantes. Tanto um quanto o outro, já se prepara para passar uma
temporada preso. Embora a defesa de Dirceu negue a existência de provas contra
ele, o procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, acredita no total envolvimento do ex-ministro no mensalão. “A
prova é mais que abundante, a prova é torrencial em relação ao ministro José Dirceu”,
disse Gurgel. Apadrinhado por Lula, o ex-ministro ameaça ir a um tribunal
internacional em caso de decisão mais contundente em relação a ele. Mas isso leva jeito de balão de ensaio. Em meio às
condenações do Supremo, está ainda a do ex-deputado mineiro Romeu Queiroz,
também por lavagem de dinheiro. Queiroz já foi o todo-poderoso presidente da
Assembléia Legislativa de Minas. O mensalão minou a sua carreira política.
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