Páginas

segunda-feira, 1 de outubro de 2012


A PEDRA DE JEFFERSON É A MESMA DE DIRCEU.
Esta será uma semana emblemática do mensalão. Não é só pela condenação, hoje, do delator do escândalo – ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) – por lavagem de dinheiro, depois de já ter sido condenado por corrupção passiva. É também porque o ex-ministro José Dirceu (PT) entrará na pauta do julgamento. Há uma análise que achei muito procedente. Ela diz que Jefferson e Dirceu, embora inimigos viscerais, vivendo em campos políticos opostos, são gêmeos siameses nesse processo. A mesma pedra que puxar um deles para o fundo do rio, puxará o outro. Os dois podem levar punições semelhantes. Tanto um quanto o outro, já se prepara para passar uma temporada preso. Embora a defesa de Dirceu negue a existência de provas contra ele, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acredita no total envolvimento do ex-ministro no mensalão. “A prova é mais que abundante, a prova é torrencial em relação ao ministro José Dirceu”, disse Gurgel. Apadrinhado por Lula, o ex-ministro ameaça ir a um tribunal internacional em caso de decisão mais contundente em relação a ele. Mas isso leva jeito de balão de ensaio. Em meio às condenações do Supremo, está ainda a do ex-deputado mineiro Romeu Queiroz, também por lavagem de dinheiro. Queiroz já foi o todo-poderoso presidente da Assembléia Legislativa de Minas. O mensalão minou a sua carreira política.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário