SE NÃO PRESSIONAR, OBRA FEDERAL FICA PARA AS CALENDAS.
Nos idos de março. A
obra de duplicação da BR-381, só começará em 2013. Editais veem e editais vão;
nem sempre eles resultam em obras. Mas a reivindicação, encaminhada há décadas
pelos mineiros, será finalmente atendida, garantiram o governador Antonio
Anastasia e o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, hoje em Belo
Horizonte. As péssimas condições
dessa rodovia da morte – principalmente na região do Vale do
Aço – já levaram vidas importantes, dentre elas a do escritor Oswaldo França
Júnior, autor do clássico “Jorge, um Brasileiro”. No ano passado, foram
121 mortos em 2 mil e 500 acidentes – isso só no trecho entre Belo Horizonte e Valadares. A obra será feita em
prazo superior a três anos – ultrapassando o primeiro mandato de Dilma Rousseff.
O governo federal, portanto, promete a mais do que efetivamente tem condições
de cumprir, pois ninguém pode garantir que haverá a reeleição da presidente. E que
a obra não sofrerá solução de continuidade. A duplicação de 300 quilômetros
entre as duas cidades custará R$ 3 bilhões 800 milhões. Dinheiro que virá unicamente
dos cofres federais. A presidente Dilma prometeu, no início de junho, um pacote
de R$ 6 bilhões para o Estado. Além da 381, o
pacote previa obras de modernização do anel rodoviário e do rodoanel, outras
reivindicações empoeiradas nas prateleiras do governo federal. Como o período
era de pré-campanha eleitoral, é necessário que a bancada federal de Minas faça
pressão, senão o dinheiro não sai. Fica para as calendas.
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