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quarta-feira, 31 de outubro de 2012


SE NÃO PRESSIONAR, OBRA FEDERAL FICA PARA AS CALENDAS.
Nos idos de março. A obra de duplicação da BR-381, só começará em 2013. Editais veem e editais vão; nem sempre eles resultam em obras. Mas a reivindicação, encaminhada há décadas pelos mineiros, será finalmente atendida, garantiram o governador Antonio Anastasia e o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, hoje em Belo Horizonte. As péssimas condições dessa rodovia da morte – principalmente na região do Vale do Aço – já levaram vidas importantes, dentre elas a do escritor Oswaldo França Júnior, autor do clássico “Jorge, um Brasileiro”. No ano passado, foram 121 mortos em 2 mil e 500 acidentes – isso só no trecho entre Belo Horizonte e Valadares. A obra será feita em prazo superior a três anos – ultrapassando o primeiro mandato de Dilma Rousseff. O governo federal, portanto, promete a mais do que efetivamente tem condições de cumprir, pois ninguém pode garantir que haverá a reeleição da presidente. E que a obra não sofrerá solução de continuidade. A duplicação de 300 quilômetros entre as duas cidades custará R$ 3 bilhões 800 milhões. Dinheiro que virá unicamente dos cofres federais. A presidente Dilma prometeu, no início de junho, um pacote de R$ 6 bilhões para o Estado. Além da 381, o pacote previa obras de modernização do anel rodoviário e do rodoanel, outras reivindicações empoeiradas nas prateleiras do governo federal. Como o período era de pré-campanha eleitoral, é necessário que a bancada federal de Minas faça pressão, senão o dinheiro não sai. Fica para as calendas.

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