VENDAVAL NA
CÂMARA MUNICIPAL DE BH.
Achar que o eleitor
é alienado pode ser fatal em política. É o caso da Câmara Municipal de Belo
Horizonte – envolvida em vários escândalos nos últimos anos. A renovação dos mandatos de vereadores foi alta:
54%. Todos os dez vereadores e ex-vereadores acusados de cobrar propina para
liberar a ampliação de um shopping na cidade ficaram a ver navios. Sem exceção:
os vereadores Hugo Thomé e Carlúcio Gonçalves, que chegaram
a ser afastados do mandato, e Geraldo Félix, Alberto Rodrigues e Maria Lúcia
Scarpelli não se reelegeram. Mesma
situação dos ex-vereadores Vinícius Dantas, Índio e Valdivino Pereira. Todos barrados
pelos eleitores. Foi muito escândalo e a farra com o dinheiro público na Câmara
Municipal. Vale lembrar a tentativa de aumento dos salários dos vereadores em
mais de 61 por cento – contra 24 de inflação no período. O ex-vereador Gêra
Ornellas foi acusado de despachar no gabinete dele de cuecas, entre outras denúncias. Já o gabinete do vereador
João da Locadora estaria sendo usado como ponto de venda de drogas. O Ministério Público acusou a maioria dos vereadores por improbidade administrativa. Eles estavam usando as verbas
indenizatórias em benefício próprio. Por exemplo: colocando gasolina no carro
oficial que daria para dar a volta na terra. Ou pagando contas milionárias em
gráficas. Os prejuízos foram de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões em dois anos. Vereadores que não se reelegeram afirmam que o presidente da Câmara,
vereador Leo Burguês, é culpado pelo vendaval que passou por lá. Mesmo porque
Burguês também foi alvo de várias acusações.
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