INCOMPETÊNCIA
PÚBLICA NÃO É FORÇA DA NATUREZA.
Eleição
vai, eleição vem. Só nos últimos dias, foram nove mortes em Minas por causa da
chuva, que antecipa a catástrofe anunciada todos os anos. As obras de
infraestrutura para enfrentar os temporais e outras situações emergenciais no Estado
não saíram. Depois do drama enfrentado por Minas em janeiro e fevereiro deste
ano, com 19 mortes, 230 cidades em situação de emergência e mais de 110 mil
pessoas desalojadas, até agora pouco foi feito. Foram prometidos R$ 30 bilhões
para a infraestrutura, mas o dinheiro tem vindo em conta-gota. No início do
ano, o governador Antonio Anastasia deixou de lado o estilo diplomático, criticando
o “burocratismo” reinante no governo federal. Em um recado a todo governo Dilma,
ele pediu agilidade na liberação de verbas. Anastasia disse que, em momentos de
crise, a burocracia do papelório exigido aos municípios atingidos tem de ser
suspensa. É até irônico. A presidente Dilma prorrogou por mais dois meses o
pagamento da bolsa-estiagem em razão da seca prolongada
nas regiões Norte e Nordeste do Estado. Cada família beneficiada pelo
programa vai
receber mais duas parcelas de R$ 80, totalizando
um custeio de R$ 560 e não mais R$ 400, como estava previsto. Três milhões de famílias recebem
a bolsa, em 1.245 municípios colocados em situação de emergência no País por causa da estiagem. Mas, com chuva e estiagem
ao mesmo tempo, pode parecer que a natureza é culpada. Não é. O despreparo das
autoridades e a dificuldade em formular propostas são a principal causa dos
danos. Um exemplo: menos da
metade dos recursos destinados a 11 ministérios - entre eles o de Cidades e Infraestrutura, -foi efetivada. Incompetência pública não
é força da natureza.
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