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segunda-feira, 5 de novembro de 2012


INCOMPETÊNCIA PÚBLICA NÃO É FORÇA DA NATUREZA.
Eleição vai, eleição vem. Só nos últimos dias, foram nove mortes em Minas por causa da chuva, que antecipa a catástrofe anunciada todos os anos. As obras de infraestrutura para enfrentar os temporais e outras situações emergenciais no Estado não saíram. Depois do drama enfrentado por Minas em janeiro e fevereiro deste ano, com 19 mortes, 230 cidades em situação de emergência e mais de 110 mil pessoas desalojadas, até agora pouco foi feito. Foram prometidos R$ 30 bilhões para a infraestrutura, mas o dinheiro tem vindo em conta-gota. No início do ano, o governador Antonio Anastasia deixou de lado o estilo diplomático, criticando o “burocratismo” reinante no governo federal. Em um recado a todo governo Dilma, ele pediu agilidade na liberação de verbas. Anastasia disse que, em momentos de crise, a burocracia do papelório exigido aos municípios atingidos tem de ser suspensa. É até irônico. A presidente Dilma prorrogou por mais dois meses o pagamento da bolsa-estiagem em razão da seca prolongada nas regiões Norte e Nordeste do Estado. Cada família beneficiada pelo programa vai receber mais duas parcelas de R$ 80, totalizando um custeio de R$ 560 e não mais R$ 400, como estava previsto. Três milhões de famílias recebem a bolsa, em 1.245 municípios colocados em situação de emergência no País por causa da estiagem. Mas, com chuva e estiagem ao mesmo tempo, pode parecer que a natureza é culpada. Não é. O despreparo das autoridades e a dificuldade em formular propostas são a principal causa dos danos. Um exemplo: menos da metade dos recursos destinados a 11 ministérios - entre eles o de Cidades e Infraestrutura, -foi efetivada. Incompetência pública não é força da natureza.

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