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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A ESCRAVIDÃO DOS MUNICÍPIOS PELO GOVERNO FEDERAL.
Os municípios vivem hoje uma situação de escravidão em relação ao governo federal. A definição partiu do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), após o relato exacerbado de prefeitos sobre a situação econômica de suas cidades. A reunião, hoje, no plenário do Legislativo, também patrocinada pela Associação Mineira de Municípios, reuniu, além de 200 prefeitos que não se reelegeram, presidentes de Câmaras Municipais, vereadores e demais líderes municipalistas. A União fez cortesia com o chapéu alheio. Ao desonerar o IPI, principalmente para automóveis e para a chamada linha branca, acertou em cheio os municípios. Vinte e três e meio por cento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) nascem do IPI. Oitenta por cento dos municípios mineiros dependem quase que exclusivamente do FPM. Com a redução do imposto, as cidades ficaram na penúria. A situação dos prefeitos que estão saindo – porque já eram reeleitos ou não se reelegeram – é ainda pior. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impede que eles deixem contas a pagar para o sucessor. Se fizerem isso, podem receber multa pesada, de 1 a 10 salários que recebem e serem condenados a até quatro anos de prisão. Os prefeitos reeleitos dão um jeito de maquiar as contas; quem sai, tem de apresentar números redondos. Otra situação: como as contas dos municípios estão zeradas é grande a dificuldade para pagar o 13º salário dos funcionários. Por isso, os prefeitos atauam para mudar o quadro e não sair das prefeituras pelas portas dos fundos. No dia 19, eles fazem nova marcha a Brasília. Para protestar. Pedem que o governo, ao invés de desonerar o IPI para economia não ir para o buraco, corte na própria carne. Tire a diferença da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, dinheiro que vai diretamente para o caixa federal. A Assembleia Legislativa e a Associação Mineira de Municípios decidiram protocolar medida cautelar contra o governo federal. Passadas as eleições, o movimento do balcão de reclamação só tende a aumentar.

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