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terça-feira, 20 de novembro de 2012


A CHUVADA FORMA UM RIO: LEVA VOCÊ E A PLACA.
Estou perplexo, pois vejo o meio político mais preocupado com questões partidárias, com conchavos, do que propriamente com um trabalho articulado de prevenção da chuvarada em Minas. Mais uma vez, o Estado está ameaçado com mortes e catástrofes. O governador Antonio Anastasia (PSDB) se reuniu ontem,  no Palácio da Liberdade, com novos vereadores eleitos da base aliada. Discutiu com eles as dificuldades financeiras para o trabalho de prevenção. Anteriormente,  Anastasia havia criticado o burocratismo do governo federal na liberação de recursos. Ontem, ele pediu um novo plano de liberação emergencial para contenção e prevenção. Por que, no entanto, a reunião foi apenas com os novos aliados? Na Assembleia Legislativa, os deputados oposicionistas Rogério Correia (PT) e Sávio Souza Cruz (PMDB) levaram ao plenário um uniforme de babá. A peça seria entregue ao vice-prefeito eleito, deputado Délio Malheiros (PV), que teria  incumbência de encaminhá-la ao prefeito Márcio Lacerda (PSB). Na semana passada, o prefeito admitiu falhas na prevenção. Completou que: “Nós devíamos ter sido um pouco mais babás dos cidadãos, para que eles não corressem riscos”. Penso que, ao contrário de ironias sobre uma frase desastrada, de conchavos partidários, tanto governador, prefeito, deputados e vereadores teriam de fazer uma articulação suprapartidária para pressionar por verbas e resultados. Para buscar uma prevenção eficaz para a tragédia anunciada da chuva. Senão, o número de vítimas facilmente vai ultrapassar o da temporada passada: 24 mortos. Até agora – e ainda não chegou dezembro – já são 11. Se não houver união política, no mínimo, o drama se repetirá. Não basta colocar placas em locais de riscos: a chuva forma rapidamente um rio no local. Leva você e a placa.

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