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CHUVADA FORMA UM RIO: LEVA VOCÊ E A PLACA.
Estou
perplexo, pois vejo o meio político mais preocupado com questões partidárias,
com conchavos, do que propriamente com um trabalho articulado de prevenção da
chuvarada em Minas. Mais uma vez, o Estado está ameaçado com mortes e catástrofes. O
governador Antonio Anastasia (PSDB) se reuniu ontem, no Palácio da Liberdade, com novos vereadores
eleitos da base aliada. Discutiu com eles as dificuldades financeiras para o
trabalho de prevenção. Anteriormente, Anastasia
havia criticado o burocratismo do governo federal na liberação de recursos.
Ontem, ele pediu um novo plano de liberação emergencial para contenção e prevenção.
Por que, no entanto, a reunião foi apenas com os novos aliados? Na Assembleia
Legislativa, os deputados oposicionistas Rogério Correia (PT) e Sávio Souza Cruz
(PMDB) levaram ao plenário um uniforme de babá. A peça seria entregue ao
vice-prefeito eleito, deputado Délio Malheiros (PV), que teria incumbência de encaminhá-la ao prefeito
Márcio Lacerda (PSB). Na semana passada, o prefeito admitiu falhas na prevenção.
Completou que: “Nós devíamos ter sido um pouco mais babás dos cidadãos, para
que eles não corressem riscos”. Penso que, ao contrário de ironias sobre uma
frase desastrada, de conchavos partidários, tanto governador, prefeito, deputados
e vereadores teriam de fazer uma articulação suprapartidária para pressionar por
verbas e resultados. Para buscar uma prevenção eficaz para a tragédia anunciada da
chuva. Senão, o número de vítimas facilmente vai ultrapassar o da temporada
passada: 24 mortos. Até agora – e ainda não chegou dezembro – já são 11. Se não
houver união política, no mínimo, o drama se repetirá. Não basta colocar placas
em locais de riscos: a chuva forma rapidamente um rio no local. Leva você e a
placa.
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