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sexta-feira, 9 de novembro de 2012


MAIS FÁCIL PARA DIRCEU É PEDIR ASILO POLÍTICO
O ex-ministro José Dirceu não fugiria do País. Ele já fugiu uma vez, mas sob ameaça de morte, acossado pela ditadura militar, que pegava, torturava e matava, ao menos em mais de 300 casos comprovados. Dirceu não se considera um ladravaz, um ladrãozinho. Ele reagiu ao pedido de apreensão do passaporte determinado pelo ministro-relator Joaquim Barbosa. Lula recomendou que nessa fase, estrategicamente, os petistas ficassem na moita e não provocassem o Supremo Tribunal Federal. Mas Dirceu rebateu trata-se de um “puro populismo jurídico”. O ministro Joaquim Barbosa, no entanto, não pode partir do pressuposto de que fulano ou sicrano não vai fugir. Não pode se basear em conjecturas. Vários condenados pela Justiça Brasileira preferiram o caminho do exterior. Um exemplo foi PC Farias, homem forte do ex-presidente Fernando Collor, que terminou fugindo. Reconduzido ao País, acabou assassinado, em episódio nebuloso da história brasileira. Mais fácil para Dirceu seria entrar em uma embaixada, por exemplo a da Venezuela do reeleito presidente Hugo Chávez, e pedir asilo político aos “hermanos”. Mas o importante no mensalão é o País deixar para trás a idéia de que poder é sinônimo de corrupção. Foi o que disse para mim – com outras palavras – o ex-presidente Supremo, o mineiro Carlos Velloso. Até mesmo o presidente da China, Hu Jintao, advertiu em discurso recente de transferência de poder que a corrupção pode ser fatal para aquele País. A corrupção na alta esfera de poder chinês é uma praga. No Brasil é endêmica. O processo que apurava tráfico de influência envolvendo o filho de Lula, Fábio Luis, mais conhecido como Lulinha, foi arquivado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Em 2005, a pequena empresa de Lulinha, a Gamecorp, recebeu um aporte de capital de R$ 5 milhões da antiga Telemar, telefônica que depois se fundiu com a Brasil Telecom para criar a Oi. Em seguida, o governo Lula mudou as regras do jogo setor de telecomunicações para tornar possível a fusão da Telemar com a Brasil Telecom. É assim e assado.

 

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