MAIS FÁCIL PARA DIRCEU É PEDIR
ASILO POLÍTICO
O ex-ministro José Dirceu não
fugiria do País. Ele já fugiu uma vez, mas sob ameaça de morte, acossado pela
ditadura militar, que pegava, torturava e matava, ao menos em mais de 300 casos comprovados.
Dirceu não se considera um ladravaz, um ladrãozinho. Ele reagiu ao pedido
de apreensão do passaporte determinado pelo ministro-relator Joaquim Barbosa.
Lula recomendou que nessa fase, estrategicamente, os petistas ficassem na
moita e não provocassem o Supremo Tribunal Federal. Mas Dirceu rebateu trata-se de
um “puro populismo jurídico”. O ministro Joaquim Barbosa, no entanto, não pode
partir do pressuposto de que fulano ou sicrano não vai fugir. Não pode se
basear em conjecturas. Vários condenados pela Justiça Brasileira preferiram o
caminho do exterior. Um exemplo foi PC Farias, homem forte do ex-presidente
Fernando Collor, que terminou fugindo. Reconduzido ao País, acabou
assassinado, em episódio nebuloso da história brasileira. Mais fácil para
Dirceu seria entrar em uma embaixada, por exemplo a da Venezuela do reeleito
presidente Hugo Chávez, e pedir asilo político aos “hermanos”. Mas o importante no mensalão é
o País deixar para trás a idéia de que poder é sinônimo de corrupção. Foi o que
disse para mim – com outras palavras – o ex-presidente Supremo, o mineiro
Carlos Velloso. Até mesmo o presidente da China, Hu Jintao, advertiu em
discurso recente de transferência de poder que a corrupção pode ser fatal para aquele
País. A corrupção na alta esfera de poder chinês é uma praga. No Brasil é
endêmica. O processo que apurava tráfico de influência envolvendo o filho de
Lula, Fábio Luis, mais conhecido como Lulinha, foi arquivado pela Polícia
Federal e pelo Ministério Público. Em 2005, a pequena empresa de Lulinha, a Gamecorp, recebeu um
aporte de capital de R$ 5 milhões da antiga Telemar, telefônica que
depois se fundiu com a Brasil Telecom para criar a Oi. Em seguida, o governo
Lula mudou as regras do jogo setor de telecomunicações para tornar possível a
fusão da Telemar com a Brasil Telecom. É assim e assado.
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