Páginas

quarta-feira, 11 de julho de 2012

A DEGOLA DE DEMÓSTENES E A REVISÃO DA DEMOCRACIA.
O ex-senador Demóstenes Torres (sem partido) diz que foi lixado, que enfrentou a ditadura das perseguições: ninguém admite culpa no cartório; não é só ele. Mas, certamente, a cassação de Demóstenes  por um placar amplo foi uma vitória da democracia, como afirmaram vários senadores, apelando para esse chavão. Mas é necessário rever preceitos dessa mesma democracia que promovem excrescências políticas como é o caso do ex-senador, um despachante de luxo, um pau mandado do contraventor Carlinhos Cachoeira. O problema certamente não é a democracia, mas da crença que move parte considerável dos políticos de que vida pública é para ganhar dinheiro, ficar rico.  Essa crença é um pulo para a corrupção. O coordenador do Observatório da Corrupção, da OAB/MG, Janir Adir (ele se encontra na Bolívia, informei para ele o placar da cassação, por telefone) assinalou que a sociedade brasileira clamava por essa decisão. Completou que ainda é necessário limpar mais, ampliar a limpeza. Sim, é preciso aprofundar a investigação sobre os governadores de Goiás, Marconi Perilo (PSDB), do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), sem se esquecer dos diretores da Construtora Delta, do prefeito de Palmas, Raul Filho, entre muitos outros. Sobre a substituição de Demóstenes, pelo suplente Wilder Pedro de Morais, ex-marido da atual mulher de Cachoeira, houve a substituição do sujo pelo mal lavado ou, e como queiram, do roto pelo puído. Wilder foi um dos financiadores da campanha de Demóstenes e já está no crivo da CPI do Cachoeira. Pode chegar ao Senado como candidato à cassação.

Um comentário:

  1. Vamos ver se agora deixam o governador em paz né, ainda precisam de mais provas de que ele não tá envolvido no caso Cachoeira?

    ResponderExcluir