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quinta-feira, 26 de julho de 2012

O PT NÃO QUER VENDER PEIXE ESTRAGADO.

Durante décadas, desde a fundação do partido, em 1980, o PT foi bodoque, estilingue, acostumado a provocar estilhaços. Mas a legenda precisa também aprender a ser vidraça. Isso faz parte da democracia, principalmente no tumultuado processo brasileiro. Um dia é da caça, outro do caçador. Essa tentativa do PT de abafar, jurídico e politicamente o escândalo do mensalão no período eleitoral se traduz em uma palavra, que antes era amaldiçoada pelo partido: “censura”. A tentativa de adiar o início do julgamento do mensalão, marcado para 2 de agosto, alegando que o julgamento causaria desequilíbrio nas eleições municipais, foi entregue à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia. A representação pede que ela interfira junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo adiamento. Em outra vertente, petistas  querem impedir que imagens e notícias sobre o mensalão sejam veiculadas durante o horário eleitoral, que começa em 21 de agosto. Naturalmente, o PT é o partido mais atingido pelo escândalo, mas não se trata só de um partido. O PTB, PP E PL também têm parlamentares envolvidos, apesar de o PT ter ficado no centro do escândalo. Concordo, no caso, com o secretário de Comunicação do PT, André Vargas, que prepara um vídeo para ser veiculado no site do partido e em inserção do partido na TV, reforçando que o julgamento é de pessoas e não da legenda. Assim é válido, é democrático – cada um vende o peixe que tem, mesmo estragado.

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